A cegueira é a metáfora da desumanização e da indignidade do homem. Com ela, irrompem os demónios e os monstros apocalípticos: a fome, a violência, a crueldade, a bestialidade... O manicómio desactivado onde são encerrados os cegos e os contaminados é a metáfora dos campos da morte da nossa excruciante memória histórica contemporânea. A sujidade nauseabunda dos corpos, das camaratas, dos corredores e das sentinas do manicómio e o cheiro pestilencial que envolve e mortalmente abafa toda a cidade são metáforas do apodrecimento do homem. O manicómio e a cidade fantasmática, no seu horror absoluto, são a visão sublime e grotesca da aflição, do sofrimento, da indignidade e da loucura dos homens.....
Ensaio sobre a cgueira é um romance de José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra tornou-se uma das mais famosas do escritor, juntamente com Todos os Nomes, Memorial do Convento e O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
A personagem central deste romance, D.Simoa Godinha, é uma das figuras históricas mais intrigantes e misteriosas da Lisboa do século XVI. Tendo nascido em S.Tomé, no seio de uma família rica de fanzendeiros, acabaria mais tarde, já casada com o fidalgo Luís de Almeida, por vir viver para a capital do reino, onde viria a expressar o seru carácter profundamente humano através de inúmeras obras de caridade, nomeadamente junto da Misericórdia. Nas veias desta Dama Negra da Ilha dos Escravos confluiam sangue negro e branco, encontro auspicioso que produziria uma belissima mulata de magníficos olhos verdes que se sentia parte de dois mundos - privilegiada por nascimento mas próxima dos deserdados da fortuna, e muito em particular, dos escravos negros. Ficamos a conhecer toda a sua vida - a infância e juventude no exotiso de S. Tomé, a paixão por Luís de Almeida, a sua influência na sociedade lisboeta da época neste romance soberbo, escrito em tom confessional, que tão bem soube captar as múltiplas nuances desta personalidade apaixonante.
Ensaio sobre a cgueira é um romance de José Saramago, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas. A obra tornou-se uma das mais famosas do escritor, juntamente com Todos os Nomes, Memorial do Convento e O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
A personagem central deste romance, D.Simoa Godinha, é uma das figuras históricas mais intrigantes e misteriosas da Lisboa do século XVI. Tendo nascido em S.Tomé, no seio de uma família rica de fanzendeiros, acabaria mais tarde, já casada com o fidalgo Luís de Almeida, por vir viver para a capital do reino, onde viria a expressar o seru carácter profundamente humano através de inúmeras obras de caridade, nomeadamente junto da Misericórdia. Nas veias desta Dama Negra da Ilha dos Escravos confluiam sangue negro e branco, encontro auspicioso que produziria uma belissima mulata de magníficos olhos verdes que se sentia parte de dois mundos - privilegiada por nascimento mas próxima dos deserdados da fortuna, e muito em particular, dos escravos negros. Ficamos a conhecer toda a sua vida - a infância e juventude no exotiso de S. Tomé, a paixão por Luís de Almeida, a sua influência na sociedade lisboeta da época neste romance soberbo, escrito em tom confessional, que tão bem soube captar as múltiplas nuances desta personalidade apaixonante.
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