My rating: 3 of 5 stars
Razões da escolha do livro: Já o tinha desde a Feira do Livro de 2010 para o ler por isso foi um dois em um: ler um livro comprado na feira do livro e terminar com a curiosidade suscitada pelo mesmo (baseada em grande medida pelas diferentes opiniões positivas que fui lendo na blogosfera).
Proveniência: a minha biblioteca.
A minha Opinião: O livro inicia-se, desde logo, com a descrição de um crime macabro: o assassínio de uma família sendo o único sobrevivente Josef que se encontra no hospital em estado muito grave. Joona Linna, o comissário responsável pela investigação, considera essencial ouvir o que esta testemunha tem a dizer para puder prosseguir com a análise dos crimes. É aí que entra em cena o famoso hipnotista, Erik Maria Bark, a quem é pedido para hipnotizar Josef de modo a retirar-lhe toda a informação possível.
Esta sessão hipnótica será só o inicio de uma série de aventuras, contratempos e surpresas com os quais as diferentes personagens do livro e os leitores se vão ver confrontadas.
A partir de um determinado momento da história não é só a busca de respostas para o terrivel crime que o livro se irá basear mas também a tentativa de encontrar o filho de Erik que foi raptado.
Aliás, a meu ver, o que para mim seria mais interessante ( o ponto de partida da história - o crime) é posto de parte a partir de um determinado momento da narrativa, sendo substituído pela busca do filho de Erik.
Para mim, este foi um ponto negativo do livro porque na minha opinião é muito mais interessante a resolução de um crime do que um rapto.
Por outro lado, é interessante concluirmos que afinal é tudo mais complexo do que estávamos a pensar inicialmente e, afinal, está tudo relacionado e nada é feito ao acaso.
Achei igualmente uma mais-valia a forma como num determinado momento parece que a história pára para dar lugar ao passado de Erik, o hipnotista, dando resposta a muitas interrogações suscitadas ao longo da trama.
Importa ainda referir que este livro é rico em informações sobre psicologia comportamental e infantil o que suscita logo o interesse do leitor.
Em suma, gostei do livro, da forma como está estruturado e dos temas que são nele abordados. Contudo, uma vez que já tive oportunidade de ler outros livros do género, considero que é uma narrativa de altos e baixos, que tanto desperta o interesse do autor como existem momentos mortos.
Apesar de tudo gostei e é um boa leitura!
O melhor - Para mim o melhor deste livro é, por um lado, a personagem de Joona Linna ( misterioso, engraçado e determinado, por isso fiquei muito contente ao constatar que também é o comissário do livro " O Executor". Por outro lado, achei muito interessante analisar a psicologia infantil bem como aprofundar a temática relativa à hipnose, sobre a qual sabia muito pouco.
O pior - Passarmos o ênfase da trama do crime para o rapto.
Os autores - Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores de sucesso na Suécia: Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. O Hipnotista foi o primeiro livro que escreveram juntos.
Alexander Ahndoril nasceu em Estocolmo, em 1967. Dramaturgo e romancista, publicou o seu primeiro romance, The Diretor, em 1989 e é considerado um dos jovens escritores de referência na nova literatura sueca. A sua obra conta já com oito romances e quinze peças de teatro.
Alexandra Coelho Ahndoril nasceu em 1966. Filha de mãe portuguesa, cresceu em Helsingborg e vive em Estocolmo. Divide o seu tempo entre a escrita, a crítica literária e uma tese sobre Fernando Pessoa. Com o primeiro romance, Castle of Stars, publicado em 2003, obteve o Catapult Prize 2003 para a melhor obra de estreia, conquistando a admiração de milhares de leitores na Suécia. Entretanto, publicou já mais dois romances.
A minha classificação - 5 - Bom
Período de leitura - De 27 de Setembro a 7 de Outubro de 2011.
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