Este livro é um pequeno tesouro!
Leon Leyson relata a sua história de infância e juventude durante o Holocausto. O olhar comovente, inocente e realista de uma criança que é obrigada a crescer muito depressa devido ao tormento que passa durante a Segunda Guerra Mundial, na Polónia.
Através de uma narrativa extremamente emocional, assistimos à mudança de vida de um inocente que, apesar de tudo, nunca perde a esperança num mundo melhor. Os livros referrentes à Segunda Guerra Mundial sempre me emocionam e marcam.
Este "O rapaz do caixote de Madeira", em particular, mexeu comigo na medida em que me recordou outro livro, aliás um dos meus livros favoritos, "O Diário de Anne Frank". As descrições das atrocidades cometidas pelis nazis ao povo judeu chocam-me sobremaneira e questiono-me como é possível tanta maldade. No meio do caos há sobreviventes, verdadeiros guerreiros, como foi o caso de Leon.
Neste livro, as descrições são de tal modo realistas que chocam e deixam um buraco no estômago e um nó na garganta.
Se, por um lado, me recordou o drama de Anne Frank, "O rapaz do caixote de Madeira" reporta-nos igualmente para um filme "A Lista de Schindler'. De facto, Oskar Schindler é uma personagem veridica nesta narrativa que, apesar de ter nacionalidade alemã ajudou muitos judeus a sobreviverem à ira hitleraniana, mediante uma lista de trabalhadores judeus da sua fábrica, mediante a qual tentava persuadir os nazis da sua importância no trabalho fabril e, como tal, não poderiam ser mortos.
Oskar Schindler salvou judeus, foi um homem bom no meio da crueldade e que afirmou " Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro"(p. 131). Como poderemos ficar indiferentes a isto? Por esta razão é que sempre que entro num elevador Schindler rezo uma pequena oração em sua homenagem. Leon Leyson foi um dos sortudos que integrou essa lista eparara conseguir trabalhar na fábrica de Schindler, colocava-se em cima de um caixote de madeira, daí o título do livro.
Este é sem dúvida um livro marcante, por ser narrado na primeira pessoa à semelhança de "O Diário de Anne Frank" e "o Rapaz do Pijama às Riscas", por uma criança e que nos deixa uma lágrima no canto do olho por causa da mistura de inocência e crueldade.
"O Rapaz do caixote de madeira" é, em suma, um hino à esperança por um mundo melhor e à bondade do Ser Humano, mesmo que seja no meio do terror. Aconselho vivamente esta leitura!
1 comentário:
É de facto um excelente livro. Comecei a lê-lo na FNAC da baixa e não consegui parar.
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