Edição/reimpressão:
2012
Páginas:
592
Editor: 11 X 17
ISBN:
9789722524100
Sinopse:
Que
acontecimentos estiveram por detrás da tentativa de assassinato do Papa na
praça do Vaticano em 1981? Quem é, e o que sabia verdadeiramente Alia Agca, o
turco que disparou contra João Paulo II?
Que
forças ocultas gerem os destinos da igreja católica e conseguem nomear e destronar
Papas, ocultando impunemente as suas acções?
Uma
jornalista internacional, um ex-militar português, um muçulmano que vê a Virgem
Maria, um padre muito pouco ortodoxo que trabalha directamente sob as ordens do
sumo pontífice, vários agentes dos serviços secretos mais influentes do mundo e
muitos outros personagens dos quatro cantos do globo, envolvem-se numa busca
pela verdade e descobrem que ela nem sempre é útil. Pelo menos não o foi para
João Paulo II.
A minha Opinião:
Voltamos a encontramo-nos com Sarah e Rafael
neste thriller extraordinário de Luís Miguel Rocha e, mais uma vez, à
semelhança do que ocorre em “O Último Papa” e, muito provavelmente, nos
restantes livros do autor que ainda não tive a oportunidade de ler, ficamos a
conhecer melhor um dos Papas mais importantes da História da Igreja Católica:
João Paulo II. De notar, aliás, que este livro foca, sobretudo, toda a
conspiração que está por detrás do atentado de que João Paulo II foi vítima em
1981.
A capacidade narrativa de Luís Miguel Rocha
de “repartir” a narrativa em duas partes distintas, uma relativa à história do
atentado do Papa em 1981 e uma segunda parte, passada em 2006 (um ano depois
das primeiras aventuras que uniram Sarah e Rafael em “O Último Papa”) tem um
papel primordial no livro e que já caracteriza este autor.
De salientar que outras personagens que
conhecemos no primeiro livro, também surgem em “Bala Santa” e, curiosamente,
com atitudes e opiniões bem diferentes das que tinham apresentado em “O Último
Papa”.
Estabelecendo uma comparação inevitável entre
“O Último Papa” e “Bala Santa”, apesar deste ser a continuação do primeiro,
posso afirmar sem hesitações que o último tem muito mais acção do que o
primeiro e tanto revelações, surpresas e ensinamentos são uma constante.
De facto, mais uma vez, aprendi muito com
esta leitura. A titulo de exemplo aprendi que o processo de beatificação ou de canonização
dependem de um conjunto de leis rigorosas o que demora tempo e o candidato
deverá estar morto há mais de cinco anos. As excepções a esta regra são casos
pontuais de santificação por atitude ou modo, adoptadas em vida, como foi o
caso de Madre Teresa de Calcutá.
Este livro é muito rico em informação, de tal
modo que me deixou a pensar “Como consegue este escritor ter acesso a tantas
informações, muitas delas que devem ser confidenciais?” Pois a verdade é que
tem esse acesso e nós, leitores, por interposta pessoa, também o que tornam os
seus livros ainda mais interessantes.
Não há momentos mortos em toda a narrativa e
o leitor não consegue pousar o livro durante muito tempo porque permanece sempre
na ânsia de saber o que vais acontecer a seguir.
Conclui, mais uma vez, que no Vaticano nada é
o que parece e que, infelizmente, a Igreja tem demasiados segredos e “pecados”
a esconder que nem imaginamos! E mais: aí, como na maioria das instituições, o
mais importante é o dinheiro e é ele que comanda a vida de todos, Papas e sem
ser Papas.
Curiosamente, terminei a leitura do livro no
dia 25 de Abril e deparei-me com a seguinte citação: “A liberdade de consciência e de religião…é…um direito primário e
inalienável da pessoa… (João Paulo II in A Liberdade Religiosa e o Documento
Final de Helsínquia, n.5 cf. L’ Osservatore Romano, 15 de Novembro de 1980) “-p.
586. Interessante não é? Terá sido coincidência? Ou talvez não…
No final da leitura fiquei com uma vontade
enorme de ler “A Mentira Sagrada”, terceiro livro desta série, porque, afinal,
fica tudo em aberto e nas palavras de Rafael “Isto ainda não acabou” – p.586.
O Autor:
Luís
Miguel Rocha nasceu em 1976 na cidade do Porto, onde mora depois de ter
residido dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e guionista.
Atualmente, dedica-se em exclusivo à escrita.
A
Filha do Papa é o seu sexto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último
Papa (2006), Bala Santa (2007), A Virgem (2009) e A Mentira Sagrada (2011).
As
suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor
português a entrar para o top do The New York Times. O Último Papa, bestseller
internacional, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo.
A minha classificação: 7 – Excelente!
Período de Leitura: De 20 a 25 de Abril de 2013.
1 comentário:
A Estefânia está a despertar, cada vez mais, a minha vontade de ler Luís Miguel Rocha !!!!!
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