Páginas:
280
Editor:
Editorial Presença
ISBN:
9789722320313
Sinopse:
Estamos
em 1886, o ano da primeira e triunfal tornée de Sarah Bernhardt no Brasil. Na
corte de D.Pedro II, passa-se um facto estranho: desaparece o último
Stradivarius fabricado, oferecido pelo próprio à baronesa de Avaré. Ao mesmo
tempo alguém começa a assassinar jovens mulheres, decepando-lhes
sistematicamente as orelhas e deixando nos corpos uma corda de violino.
Sherlock Holmes é convidado a resolver o estranho caso. Misturando realidade e
ficção, Jô Soares fez deste enredo o ponto de partida de um extraordinário e
inspirado romance que ressuscita com rigor histórico os coloridos e
contrastantes ambientes do Rio oitocentista.
A minha Opinião:
Depois de ter lido “As Esganadas” do mesmo
autor e ter gostado muito, fiquei com muita vontade e curiosidade de ler os
seus restantes livros.
Mais uma vez, Jô Soares conduz-nos para o
crime no Rio de Janeiro e, misturando personagens reais com ficcionais, elabora
uma trama repleta de humor, mistério, romance e muitas surpresas.
Como o próprio título indicia, este livro tem
como principais protagonistas uma dupla que já conhecemos das obras de Sr.
Arthur Connan Doyle : Sherlock Holmes e o seu inseparável amigo Dr. Watson.
Todavia, contrariamente às personagens originais, estes são descritos com muita
ironia e têm atitudes verdadeiramente hilariantes uma vez que Jô Soares fez
questão de os caracterizar como personagens um pouco endiabradas e que devem
pouco à inteligência.
Para além destas duas personagens,
junta-se-lhes também outras que marcaram a época em que acção decorre, o final
do século XIX, como por exemplo D. Pedro II ou Sarah Bernhardt.
Percorrendo as ruas do Rio de Janeiro,
deparamos com a descrição de uma série de crimes com uma particularidade: a
todas as vítimas são cortadas as orelhas e surgem juntamente com cordas de um
violino stradivarius desaparecido. É
neste contexto que o detective responsável pelo caso pede ajuda ao famoso
detective Sherlock Holmes e à medida que a investigação vai avançando, surge a
origem de palavras que actualmente tão bem conhecemos como “caipirinha” e “serial
killer”.
Neste livro há ainda lugar para o romance e
para o inesperado, sobretudo o final, que me surpreendeu sobremaneira!
Pessoalmente, como adoro humor e crime, este
livro representou para mim uns momentos de lazer muito enriquecedores em que
soltei umas grandes gargalhadas o que sublinhou ainda mais a minha admiração
por este grande escritor da literatura brasileira.
O Autor:
Jô
Soares nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Humorista, dramaturgo, comediante e
apresentador de TV, é autor de outros romances, nomeadamente, O Xangô de Baker
Street e O Homem Que Matou Getúlio Vargas, ambos publicados pela Presença e
que, em conjunto, registaram vendas superiores a um milhão de exemplares.
A minha classificação: 6 – Muito Bom.
Período de Leitura: De 12 a 14 de Maio de 2013.
1 comentário:
Demais! Jô Soares alia um fino sentido de humor a uma escrita que nos prende até ao fim.
Nestes tempos tão deprimentes é uma brisa de ar fresco.
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