Quando li a sinopse deste livro surgiram-me dois
pensamentos:" Excelente: mais um
livro policial nórdico!" e é curioso que parece muito semelhante à trama da série “Cold
Cases". Assim, foi com grande expectativa que me lancei a esta leitura.
Carl Mørck não é um detective invulgar: com uma
personalidade muito forte e com um passado sombrio e repleto de fantasmas, tem
ainda de lidar com um episódio fatídico recente: uma intervenção policial cujo
desfecho foi mortal para um dos seus companheiros de trabalho e deixou outro
numa cama de hospital.
A frontalidade de Mørck não agrada aos seus superiores e,
como tal, vê-se integrado num novo departamento, o Departamento Q, cujo
principal objectivo é solucionar casos arquivados que aparentemente eram
insolúveis.
O primeiro caso do Departamento Q relaciona-se com o
desaparecimento de uma importante figura pública norueguesa há alguns anos e
esta investigação não é nada simples.
Circunspecto na maior parte do tempo, Mørck muda quando
se lhe junta à investigação Assad, um homem discreto, com sentido de humor e com
muitos hábitos enraizados. Esta é,
juntamente com Mørck, uma personagem que me levará a ler os restantes livros da
série “ Departamento Q”.
A originalidade desta narrativa policial prende-se com a
alternância entre a investigação e flashbacks
que mos dão conta do que realmente vai acontecendo à vítima, ou seja,
deparamo-nos com duas narrativas em tempos diferentes, o que confere extremo
interesse ao livro.
A forte componente psicológica aliada a um aprofundamento
político- social a um certo sentido de humor bem como uma acção rápida e com
suspense, fazem deste livro uma surpresa agradável e uma óptima leitura que
aconselho a todos os leitores, sobretudo os que gostam de um bom policial.
Uma boa notícia: já há vários outros livros publicados
referentes à série Departamento Q, só nos resta aguardar a publicação do mesmo
para nos inteirarmos da continuidade da trama.
Classificação: 5 - Bom
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