Edição/reimpressão:
2012
Páginas:
208
Editor:
A Esfera dos Livros
ISBN:9789896263867
Sinopse:
Quando
D. Estefânia saiu da igreja de São Domingos, pela mão do seu marido D. Pedro V,
rei de Portugal, as vozes dos portugueses ditaram-lhe o destino: a rainha vai
morta! Vai de capela! Três gotas de sangue haviam-lhe manchado o vestido branco
imaculado. A jovem princesa alemã não teve forças para aguentar o peso do
magnífico diadema que D. Pedro lhe oferecera como prova do seu amor. Um amor
cúmplice, puro e apaixonado, entre duas almas gémeas unidas em propósito,
durante 14 meses. Apenas 14 meses8. Escrito na primeira pessoa, num tom
confessional e recheado de emoção, a autora Sara Rodi revela-nos a apaixonante
história de D. Estefânia Hohenzollern- Sigmaringen. Uma rainha que muitos
portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes
faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos. Não fez mais
porque morreu jovem aos 22 anos. Sem ter deixado um herdeiro para o trono de
Portugal. Mas deixando um último pedido: a construção de um novo e moderno
hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. O Hospital
D. Estefânia. D. Pedro cumpriu o último desejo da sua mulher, mas o rei Muito
Amado de Portugal não resistiu à morte de Estefânia e dois anos depois partiu
para junto dela.
A minha Opinião:
A História de amor entre D. Pedro V e a
rainha que é minha homónima, D. Estefânia, é trágica mas também pautada por um
forte romantismo que sempre me interessou e fascinou.
Narrado na primeira pessoa, D. Estefânia
relata a sua história desde que chega a Portugal até ao momento da sua morte,
passados somente 14 meses. Uma morte prematura que fez com que os portugueses
ficassem sem uma das rainhas mais humanas e bondosas que conheceu em toda a sua
História.
No leito de morte, D. Estefânia descreve as
suas aventuras e desventuras num Portugal que desconhecia ao mesmo tempo que enaltece
o grande amor da sua vida.
Sara Rodi escreve este romance histórico de
uma forma muito realista e emotiva, de tal modo que parece estarmos a vivenciar
pessoalmente os factos descritos. A forte componente sentimental emociona e sensibiliza
os leitores ao mesmo tempo que podem aprender mais sobre a História de
Portugal.
Já tinha conhecimento que este amor entre
Pedro e Estefânia era e foi muito forte mas a leitura deste livro só veio
acentuar ainda mais essa ideia.
D. Estefânia, de origem alemã, foi uma mulher
muito crente em Deus, bondosa e que se preocupava em praticar o bem sem esperar
nada em troca. Ajudou muitos cidadãos, portugueses e alemães, na sua luta pela
sobrevivência em tempos difíceis. Apesar de tímida, era determinada e o amor
que nutria por Pedro alimentava também a sua vida.
Pedro e Estefânia tiveram uma relação
peculiar, baseada sobretudo na forte amizade que os unia e o seu amor nunca
chegou a ser consumado e a razão disto ficou por esclarecer.
Este amor foi de tal maneira forte que,
passado pouco tempo da rainha D. Estefânia falecer, D. Pedro juntou-se-lhe no
céu (coincidência ou não? nunca o saberemos…), mas não sem antes iniciar o
último pedido da sua amada: construir um hospital moderno que prestasse assistência
a crianças pobres e desfavorecidas, o Hospital D. Estefânia.
Esta foi uma leitura muito emotiva,
provavelmente por me identificar um pouco com D. Estefânia na sua personalidade
ou talvez por esta ser uma das histórias de amor mais bonita e sincera que já
conheci! Como romântica que sou não poderia ficar indiferente a este amor e
fiquei a conhecer mais e melhor sobre a História de Portugal (já que é notória
a preocupação da escritora na precisão histórica, pautada por uma forte
pesquisa).
Recomendo sem reservas!!!Gostei muito!!
“ O conforto só nos conforta
quando sabemos que os outros estão também confortáveis. Caso contrário, não há
conforto possível quando a consciência nos pesa” – p.39.
“ Não sei que tamanho tem o meu
coração, nem sei qual é a justa medida da sua responsabilidade. Mas sei que
hoje, prestes a partir para junto daquele que me permitiu viver, se alguma
mágoa sinto é só a de não ter feito ainda mais” – p. 46.
“Um dia
juntar-te-ás a mim e seremos novamente felizes, lá, onde o sofrimento não
existe e a paz é eterna. Os nossos passeios de mãos dadas serão dados pelas
nuvens, e os nossos pés não ficarão cansados porque teremos asas. Da morada
celeste, continuaremos a velar por Portugal e a continuar a obra que aqui deixa-mos.”
– p.96.
A Autora:
Sara
Rodi escreveu o primeiro «livro» aos 6 anos, para oferecer à professora... e
desde então nunca mais parou. Conquistou alguns prémios, mas foi no romance que
se destacou quando, em 2000, com 22 anos, lançou A Sombra dos Anjos e Frio
(reeditado em 2011). Enveredou depois pela área do guionismo e participou na
escrita de inúmeras novelas, como Queridas Feras, Mundo Meu ou Vingança e
séries para televisão como Uma Aventura ou Maternidade. Criou, com Ana Correia
Tavares, O Livro da Minha Vida, que se dedica à publicação de biografias
personalizados com edições limitadas. A maternidade fê-la render-se à
literatura infantojuvenil e tem já editados mais de 20 livros para o público
mais jovem, que leva a escolas e bibliotecas de todo o país.
A minha classificação: 7 – Excelente!
Período de Leitura: De 28 a 1 de Maio de 2013.
1 comentário:
Fiquei curiosa e com vontade de ler...
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