Páginas:
304|Editor:
Porto Editora|
ISBN:978-972-0-04235-4
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Anthony Spencer tem uma vida que, para
muitos, poderia ser fonte de inveja: tem dinheiro e um trabalho que lhe
preenche a vida. Contudo, tem fortes problemas de sociabilidade e nos
relacionamentos inter pessoais. Anthony não considera que isso seja um
problema, as pessoas e os sentimentos são, para ele, secundários e vive bem
consigo próprio desta forma. Até um dia….Um dia que muda radicalmente o modo
como vê a sua vida e a dos outros.
Antes do lançamento deste segundo romance de
WM. Paul Young, já tinha em casa por ler “A Cabana”, o primeiro grande êxito
literário deste escritor que, infelizmente, ainda não tive oportunidade de ler.
Assim, parti para esta leitura sem saber bem
o que esperar, qual o tipo de linguagem utilizada ou o tipo de narrativa. Só
tinha certeza de uma coisa: a sinopse tinha-me chamado muito a atenção e
despertado o interesse.
O primeiro impacto na leitura foi concluir
que esta história podia ser a história de qualquer um de nós e, por isso,
fiquei com a sensação que teria um fundo de verdade, como se se tratasse de uma
história verídica. Mas é mais que isso, é a uma análise ou uma teoria sobre temáticas
muito subjectivas e às quais ninguém, pelo menos que se saiba, tem resposta:
existe vida para além da morte? Numa situação de quase morte o que acontece? Há
possibilidade de após essas experiências regressarmos completamente diferentes
do que eramos? Em que medida poderá mudar a nossa perspectiva sobre nós, os
outros e a sociedade?
Este romance é tocante, faz-nos reflectir
muito sobre o verdadeiro significado da vida, como nunca é tarde demais para
efectuarmos uma introspectiva e analisarmos qual o nosso papel neste mundo.
As personagens são peculiares e muito
interessantes, formando imediatamente uma empatia personagens – leitor que é
uma mais-valia neste livro.
Esta é uma história que alia reflexão, com
outros sentimentos como o amor e a amizade e demonstra como estes são fundamentais
para uma vida sã e plena de equilíbrio.
Não é um livro que se leia de um fôlego
porque, a meu ver, é necessário não só ler mas também tentar assimilar as
mensagens que nos são deixadas página a página, capítulo a capítulo.
Esta é uma história de superação, uma
narrativa muito espiritual que, todavia, não deve ser erradamente direccionada
unicamente para quem acredita e tem fé em algo superior à nossa existência como
seres humanos: este livro pode ser lido por todas as pessoas e penso,
inclusivamente, que o deviam fazer pois é marcante e não nos deixa
indiferentes.
São variados os sentimentos que nos despertam
WM. Paul Young em “A Travessia”: desde a raiva, passando pela alegria, a
surpresa, a bondade, a esperança, o amor, a nostalgia e a saudade.
Saliento, também, as frases que iniciam cada
capítulo que são muito ricas e inspiradoras!!!
É um livro que recomendo para pensar, que
pode significar um escape aos géneros literários convencionais e é um livro
rmarcante e que não se esquece facilmente!
“(…) A transformação sem dor e
arrependimento, sem sofrimento, sem uma sensação de perda é apenas uma ilusão,
não uma verdadeira mudança.” P.74.
“A confiança implica riscos (…)
e há sempre riscos nas relações. Mas (…) Sem as relações entre as pessoas, o
mundo não faria sentido (…).” P.252.
O Autor:
Wm.
Paul Young nasceu no Canadá e foi criado pelos pais missionários numa tribo nas
montanhas do que era a Nova Guiné. Anos depois, as mortes do irmão mais novo e
de uma jovem sobrinha deixá-lo-iam completamente destroçado. Há um ano e meio
atrás, Wm. Paul Young tinha três empregos. Desde essa altura até agora, a vida
do autor deu uma enorme reviravolta. Atualmente, Paul Young vive com a família,
no estado de Oregon, nos EUA. A sua primeira obra, A Cabana, vendeu mais 7
milhões de livros, só nos Estados Unidos.
A minha classificação: 6 – Muito Bom.
Período de Leitura: De 18 a 27 de Setembro de 2013.
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