My rating: 3 of 5 stars
Razões da escolha do livro: Oferta da Porto Editora. Li o primeiro livro do autor, “Pensa num número” , que gostei bastante e como tal tinha curiosidade em ler este livro também.
Proveniência: Oferta Porto Editora/ A minha biblioteca.
A minha Opinião:
John Verdon surpreendeu-me muito com o seu primeiro livro policial, publicado pela Porto Editora também – Pensa num Número.
Por isso, quando saiu nas livrarias este “Não Abras os Olhos” fiquei imediatamente desejosa de o ler. Assim, devo agradecer à Porto Editora mais esta oferta e a oportunidade de ler mais um livro!
“Não Abras os Olhos” inicia-se com um crime que tem tanto de inesperado como de surpreendente: uma noiva é decapitada no dia do seu próprio casamento.
David Gurney, o inspector reformado que nos é apresentado em “Pensa num Número” é, mais uma vez, chamado a desvendar este misterioso acontecimento, tanto através da mãe da noiva como pelo seu amigo e antigo colega de profissão, Jack Hardwick.
Gurney, uma vez inteirado do que aconteceu, começa a investigar de tal modo que “ O tempo acelerava sempre quando a sua mente trabalhava a todo o vapor (…) isso apenas acontecia quando estava perante um enigma” – p.88.
A decapitação da noiva e todas as provas do crime tem meandros muito mais complexos do se poderia julgar à primeira vista “As peculiares complicações do caso (…) multiplicavam-se e geravam uma espécie de campo magnético que atraía Gurney para os problemas que normalmente repeliriam a maior parte dos homens”. – p. 89
Todos os indícios apontam para o jardineiro, Hector Flores, que todos pensam conhecer. Mas será que é realmente assim?
A complexidade da investigação leva Gurney a juntar-se à equipa de inspectores que já havíamos conhecido em “Pensa num Número” : o controverso Rodriguez, Sheridan Kline, Addo Blatt e Rebecca Holdenfield (que tanto no livro anterior como neste, é fulcral no estudo psicológico do crime e em quem Gurney confia plenamente).
A meu ver, aliás, a acção começa a ter maior interesse a partir deste momento, em que se juntam mais elementos policiais à investigação.
Esta ganha contornos cada vez mais sinistros, surgem novas informações e desenvolvimentos inquietantes e inesperados.
Mais uma vez, John Verdon coloca o tópico no factor psicológico: toda a trama relaciona-se com traumas psico-sexuais que são descritos minuciosamente e que até são perturbadores.
A acção ganha novo enfoque quando Madeleine é colocada em perigo….
Sexo, drogas, traumas psicológicos, excertos literários, desaparecimentos, são outras das temáticas interessantes neste romance policial e que prendem a atenção do leitor.
Gostei de estar perante Gurney novamente, com a sua forte personalidade, com o seu raciocínio lógico excepcional e com o seu modo de agir para encontrar toda a verdade, sobretudo quando quem mais ama é ameaçado!
O crime propriamente dito também é interessante e os suspeitos também. Contudo, o final apesar de surpreendente, não me cativou tanto como o de “Pensa num Número”. É inevitável estabelecer uma comparação entre os dois livros e, como tal, posso afirmar que gostei mais do primeiro (com mais acção, mais mistérios, maior número de crimes).
Contudo, este é um bom policial que recomendo e espero que a personagem David Gurney não fique por aqui e, não se esqueçam: “ Para a maior surpresa da tua vida, não abras os olhos” – p.515.
O melhor: David Gurney e o seu raciocínio lógico, Hardwick com as suas tiradas cómicas e o caracter psicológico envolvido no crime.
O pior: Alguma falta de acção sobretudo nas primeiras cento e cinquenta páginas.
O Autor:
John Verdon trabalhou durante vários anos como diretor criativo em agências de publicidade de Manhattan. Logo após o 11 de setembro de 2001, mudou-se para uma pequena localidade no Norte do estado de Nova Iorque, onde se dedica à escrita a tempo inteiro.
Pensa num Número, o seu romance de estreia, encontra-se publicado em 24 países.
A minha classificação: 5 – Bom.
Período de Leitura: De 11 a 20 de Novembro de 2012.
2 comentários:
olá!
Deixei um selo no meu blogue para ti.
Beijinhos
http://arttemizzabooks.blogspot.pt/2012/12/selo-campanha-de-iniciativa-leitura.html
Olá Estefânia.
A leitura de ambos os livros do autor leva-me a, no geral, concordar com a tua opinião. Também adorei Não Abras os Olhos (o título está muito bem escolhido), contudo esperava uma surpresa que não surgiu.
Aguardo a edição em Português do terceiro livro do autor, já disponível noutras Línguas.
Boas leituras!
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